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Covid-19: prevenir é o melhor modo de combater o vírus

A atual pandemia do Covid-19 é causada pelo vírus SARS-COV-2 que diverge dos demais coronavírus pela facilidade de contágio. A transmissão ocorre pelas gotículas respiratórias expulsas ao tossir e ao falar, assim como pelo contato físico.



Dimas Alexandre Kliemann

CRMRS nº 24.595/RS. Médico infectologista da Secretaria Municipal da Saúde – Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Professor do Curso de Pós-Graduação em Hepatologia da UFCSPA.


Manoela Vaucher

CRMRS nº 42.614/RS. Médica Infectologista do Serviço de Atendimento Especializado – Lajeado e Hospital São José. Professora do Curso de Medicina da Univates.



Sabemos que o vírus permanece vivo em diversas superfícies por vários dias e que podemos adquiri-lo ao tocar um local contaminado e sequencialmente tocar em alguma mucosa como nariz, bocas ou olhos. Por isso, ressalta-se a importância não só do uso da máscara, mas, principalmente, da higiene das mãos com água e sabão ou álcool gel para evitar o autocontágio.


Foto Arquivo SMS

Apesar de a necessidade de aprofundar os estudos, compreendemos que a transmissão do vírus ocorre de forma equivalente por meio de pessoas sem sintomas, mesmo que menos frequente. Como relatado em alguns estudos, diversos familiares que têm contato com pessoas contaminadas não apresentam sintomas, bem como não apresentam exames positivos indicando a possibilidade de transmissão. Portanto, é interessante compreender que a chance de infecção depende tanto da quantidade de vírus transmitida como também da imunidade de cada indivíduo.


Temos três tipos de exames disponíveis para auxílio ao diagnóstico dos pacientes. O primeiro, o RT-PCR, é realizado a partir da coleta de swab das vias aéreas e é mais preciso para diagnóstico de pessoas com sintomas respiratórios. Entretanto, não está disponível para todos devido ao custo. O segundo exame disponível são as sorologias, IgA, IgM e IgG, anticorpos para SARS-COV-2 que refletem a imunidade aguda ou tardia de pessoas que tiveram a doença ou contato com o vírus. A sorologia é um exame muito sensível, mas para a realização é necessária a coleta de sangue em laboratório e mais de dez dias de sintomas ou contato com o vírus para que o sistema imune tenha tido tempo de desenvolver os anticorpos. Ou seja, a sorologia não é ideal para o diagnóstico de sintomas agudos. O teste rápido é o terceiro exame e tem sido muito difundido para identificação da “imunidade de rebanho”. Este teste é realizado na ponta do dedo e tem por objetivo identificar os mesmos anticorpos visualizados nas sorologias.


A coleta é mais fácil e mais rápida em comparação às sorologias, porém este tipo é inferior por ser menos sensível. Quando o exame é realizado precocemente tem a chance de ser negativo, por não haver o tempo necessário ao desenvolvimento de anticorpos. Também o IgM, identificado no teste rápido, tem chance de ser falso-positivo por cruzamento com outros vírus. Assim sendo, não é o melhor exame para ter conclusões isoladas a respeito da situação clínica dos pacientes.


Com essas informações ressaltamos a necessidade de um especialista analisar cada caso individualmente pela indisponibilidade de exames mais sensíveis e específicos para todos. Ainda não existem estudos com comprovação satisfatória sobre medicamentos e vacinas. Também não há previsão exata do final da pandemia e dos casos no Brasil. Então, as medidas de prevenção citadas anteriormente são indispensáveis para o combate ao vírus. A população deve estar atenta aos sintomas de febre, tosse, cansaço e aos sintomas de gravidade como falta de ar, procurando atendimento sempre que necessário.


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